quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Lições sobre "como orar"...

Todas as noites, ao colocar os pequenos na cama, eu e o Dê fazemos questão de orar com eles. Na verdade, às vezes a gente quer tanto que eles durmam logo que a oração acaba ficando um pouco mais curta que o convencional, mas, de qualquer forma, ela acontece todas as noites. O Miguel, já habituado com a rotina, faz sua oração enquanto nós repetimos (prá dar aquele apoio moral, sabe como é). Já a Clara pede prá gente falar e ela repetir, isso quando repete - a bichinha é geniosa!!!
Bem. ontem, cansadéééérrimos, eu e o Dê nos dividimos prá por as crianças na cama. O Dê foi pro quarto do Miguel, eu pro da Clara, e começamos nosso ritual: põe pijama, arruma o edredon, faz "mãozinha de oração"... A Clara já falou na lata:
- Eu num quelo fazer olação, mãe!
Confesso que nem insisti tanto. Estava tarde e quando ela pega prá fazer oração, demora...
- Tá bom, Clara, eu faço. Papai do céu, muito obrigada por esse dia, abençoa a nossa noite de sono, em nome de Jesus, amém.
Nessa hora ela protestou:
- Mas mãe, e a pessoas?
Eu não entendi muito bem a pricípio.
- Que pessoas, filha?
Então ela sentou-se na cama, juntou as mãozinhas, e terminou a oração que eu havia começado:
- Abençoa a tia Lú, o tio Fabiano, a tia Paula, a tia Thaís, a Lalissa, as vovós, os vovôs, o papai, a mamãe, o Mi, a Clala, a tia Raquel, a tia Vivi, a tia Maga, a Mel, minha amigas, meu amigos, tudo nóis.
Depois disso ela me olhou e eu, meio envergonhada, completei:
- Em nome de Jesus, amém.
Ela já aprendeu direitinho: o mais importante é lembrar das pessoas! Mais uma lição...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lições sobre discrição...

Eu já compartilhei aqui minha "luta" para convencer a Clara a fazer cocô na privada. Acho que finalmente vou poder dar adeus ao tempo de suplício! Na semana passada a Clara chegou batendo os pezinhos no chão, dizendo que "estava com vontade". Eu entendi na hora e levei ela pro banheiro. Tcharammmmmm! Quando vi que ela tinha feito cocô na privada eu fiz uma festa: bati palma, dei tchau pro cocô, chamei o Dê e o Mi para prestigiarem o evento.
À noite nós saímos com os amigos prá comer esfiha. Na lanchonete a Clara começou a sapatear mais uma vez. Eu logo fui pro banheiro com ela e, mais uma vez (ufa!) ela fez o cocô na privada. O problema é que agora ela queria chamar a turma toda prá ver. Eu negociei:
- Vamos chamar só a tia Maga e Mel, pode ser?
Ela concordou. Lá fui eu, pedir prá minha amiga levar a filha prá ver o cocô da Clara. Elas foram (isso é que é amizade!). Bateram palmas, deram tchau pro cocô, enfim, todo o ritual de condicionamento. O problema é que a Mel quis compartilhar o momento de alegria com a galera e quando apareceu na porta do banheiro falou bem alto:
- Gente! A Clara fez cocô na privada! Um cocozão!
Foi riso geral na lanchonete! Se eu senti vergonha alheia? Imagina! Nada me tira a alegria de nunca mais ter que lavar as calcinhas melecadas da Clara!