quinta-feira, 31 de março de 2011

Amor de filho, amor de pai...

Parte I - A conquista.

O Miguel sempre foi um menino super carinhoso, sentimental mesmo. Mas agora ele está me surpreendendo! Desde que entrou na nova escola (ele já está no primeiro ano!), ele se "apaixonou" por uma coleguinha, a Mariana. Todo dia é "a Mariana fez isso", "a Mariana disse aquilo", "eu vou casar com a Mariana". O que? Casar com a Mariana? Meu Deus, eu não sei nem o que dizer.
Outro dia ele chegou de mansinho e perguntou:
- Mãe, o que você mais gosta no papai?
- Como assim, Miguel?
- Na verdade eu quero saber o que as mulheres mais gostam nos homens.
Fiquei intrigada...
- Por que você quer saber isso, filho?
- Porque eu quero saber como é que eu faço prá conquistar a Mariana.
Pensei em dizer alguma coisa do tipo "você ainda é muito novo", essas coisas que toda a mãe diz pro filho até ele completar 35 anos no mínimo. Depois tive outra ideia:
- Ah, filho, toda mulher gosta de um homem limpinho, que toma banho direito, que escova os dentes direito... eu, por exemplo, detesto homem de pé sujo, com a boca fedida, despenteado...
Me condenem, não me importo! Eu não ia perder a oportunidade de "bater" no Miguel com "luvas de pelica". Ele não é exatamente o tipo de criança que adoooora tomar banho e escovar os dentes. Mas, depois dessa nossa conversa, tudo mudou.
- Mãe, posso tomar banho prá ir na escola hoje?
Opa, é claro que sim, como não!?! E quando é que eu iria me imaginar falando pro Miguel que já estava bom, que já era hora de desligar o chuveiro?
- Tô cheiroso, mãe? 
Se a motivação estava certa, isto não vem ao caso. A questão é que ele tinha caprichado mesmo, e isso sem eu ter que ficar lembrando "lava o pé, o bumbum, não esquece de lavar atrás da orelha". A escovação também foi um sucesso!
Pena que, quando fui buscá-lo na escola, vi que aquilo tinha prazo prá acabar. Ele veio chorando, puxando a mochila.
- O que foi, Mi? O que aconteceu?
E ele respondeu:
- Ela jogou a bola prá trás, mãe. Ela jogou a bola prá trás e agora não volta mais!
É, essa história está só começando...

Amor de filho, amor de mãe...

terça-feira, 8 de março de 2011

Palavra de criança - Irmã mais nova

Ter irmã é uma coisa legal, mas também é um pouquinho chato. Eu não gosto quando eu tô brincando de carrinho, ou de Max Steel, ou de Ben 10, ou de skate, e a minha irmã esquece que é menina e fica chorando porque quer brincar comigo. Se ela ainda soubesse brincar dessas coisas, tudo bem, mas ela não sabe e nem quer saber, ela só quer mesmo é acabar com a minha brincadeira. Outra coisa que eu não gosto é quando minha irmã quer assistir alguma coisa na televisão, porque ela nunca quer assistir os meus desenhos preferidos, ela sempre escolhe os que eu mais detesto, e minha mãe sempre diz que ela é pequena e por isso eu tenho que ter paciência e dar uma colher de chá prá ela - ou será que é colher com chá? Talvez o que minha mãe quer dizer é que eu tenho que dar uma colher e de(i)xa(r), num ficar querendo de volta... sei lá, eu nem quero colher nenhuma, mesmo, só queria assistir meu desenho sossegado. Na hora de fazer tarefa também é ruim ter irmã, porque ela sempre fica rabiscando minha folha e fica querendo pintar exatamente com a cor que eu peguei, mesmo que o estojo esteja cheinho de lápis bem apontadinhos. E olha que eu quase nunca pego o cor-de-rosa e mesmo assim ela sempre quer a cor que eu escolhi. Fora tudo isso, ter irmã é legal. Só não sei dizer certinho quando, mas acho que é legal...

segunda-feira, 7 de março de 2011

6 razões para não ter filhos... (6ª razão)

6ª razão
VOCÊ SENTIRÁ DORES MESMO SEM ESTAR DOENTE!
Depois do nascimento de um filho a visão acerca do mundo muda radicalmente! É praticamente impossível ter um filho e não se comover com o sofrimento alheio, não se incomodar com situações que sempre estiveram ali, bem à sua frente, mas só agora ganharam a dimensão real prá você. Um filho abre os nossos olhos para tudo o que há de mais belo e mais horrível no mundo. Quando ele estiver com febre você também sentirá a cabeça fervendo, preocupada em buscar uma solução rápida e eficaz. Quando ele chorar de dor, seu coração também ficará doído, como se estivesse sendo esmagado a cada lágrima que cai dos olhinhos do seu pequeno. Quando ele se machucar, seu coração é que vai sangrar. Cada vez que você ouvir uma notícia sobre violência, uma prece sairá da sua boca de forma quase inconsciente... "Deus, proteja meu filho!"... Você nunca mais conseguirá ver uma criança passando fome e não se compadecer (se é que é possível não se compadecer ao ver tamanha atrocidade). Você sentirá vontade de dividir o pouco que tem, começará a separar roupas e brinquedos para doação e não se sentirá mais tão incomodado quando alguém bater à sua porta para pedir comida. E ainda mais: verá em cada criança um pouco da SUA criança, e pensará dez vezes antes de desejar mal a alguém. Enfim, se você deseja continuar vivendo em um mundo onde a sua realidade não se mistura muito à dos outros, ou só se mistura com realidades previamente selecionadas; se prá você já bastam os seus problemas e as suas dores, os dos outros são "problemas dos outros"; então é melhor você não ter filhos!  Filhos são pílulas mágicas que elevam à enésima potência tudo aquilo que sentimos... e o efeito, após a ingestão, é permanente!

A propósito, para todos os que (com ou sem filhos) acreditam que as experiências dos outros ajudam a moldar o nosso caráter e podem fazer de nós pessoas melhores, mais gratas à Deus, mais fortes e, ao mesmo tempo, mais sensíveis, segue o link do Blog VidAnormal, que conta a história da menina Ana Luíza. Fica também o apelo para quem puder doar sangue para ajudá-la - ou qualquer outra coisa para ajudar a qualquer outra pessoa. Abraços... e que Deus proteja nossos filhos!
A pequena Ana Luíza foi morar com o Papai do Céu. Nosso carinho à família... oramos para que Deus conforte e amenize essa dor que agora, mais do que nunca, se eleva à enésima potência.