terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Lições sobre "faire connaissance"...

Domingo fomos para Ribeirão Bonito, na casa do meu futuro cunhado. A Clara e o Miguel ficaram encantados com o animais de lá, queriam dar manga prá vaca, passar a mão no bezerrinho, brincar com o cachorro... mas não estão tão acostumados com tudo isso - e nem os animais estão acostumados com eles! Não sei quem estava com mais medo, se as crianças ou os animais.
Bem, o Dê pegou a Clara no colo e tentou se aproximar da vaca, sem sucesso. Ela se afastava toda vez que eles davam um passo à frente. A Clara perguntou por que a vaca não deixava ela chegar mais pertinho. O Dê respondeu:
- Ela tem medo porque ainda não te conhece.
A Clara então, inclinando o corpinho para frente, disse para a vaca:
- Oi, eu sou a Clara!
Infelizmente a vaca não respondeu positivamente ao cumprimento. Pelo menos a Clara se apresentou. A vaquinha é não estava de muitos amigos...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Elogie do jeito certo - Marcos Meier

Reproduzo aqui um texto que recebi por email (obrigada, Carlinha!) e que vai de encontro com o que penso sobre educação. Quem quiser, pode acessá-lo no blog do autor.


Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. 
Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos. 
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. 
- “Uau, como você é inteligente!” 
- “Que esperta que você é!” 
- “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” 
- E outros elogios à capacidade de cada criança. 
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. 
- “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!” 
- “Menino, que legal ter visto seu esforço!” 
- “Uau, que persistência você mostrou. 
- “Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” 
- E outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si. 
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência. 
As respostas das crianças surpreenderam. 
A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. 
Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa. 
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. 
As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois, isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. 
- “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. 
As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois, mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. 
Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. 
Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. 
Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seria aprovado e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas. 
No entanto, isso não é tudo. 
Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. 
Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. 
Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. 
É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. 
Isso se faz com elogios, “feedbacks” e incentivos ao comportamento esperado. 
Nossos filhos precisam ouvir frases como: 
- “Que bom que você o ajudou... Você tem um bom coração” 
- “Parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo… Você é ético” 
- “Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… Você é solidária” 
- “Isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal... Você é um bom amigo”. 
Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. 
Isso não é “tática” paterna, é incentivo real. 
Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual: 
- “Que linda você é, amor” 
- “Acho você muito esperto meu filho” 
- “Como você é charmoso” 
- “Que cabelo lindo” 
- “Seus olhos são tão bonitos”. 
Elogios como esses NÃO estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. 
Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. 
Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente. 
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois, cresceram na presença deles. 
São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostram vigor, pois, se alimentaram da terra fértil. 
Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

  
(*) Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Língua de criança - 2

Tem coisa mais linda do que ver uma criança manipulando a língua(gem)? Nós, mais ingênuos, ficamos esperando uma respostinha básica e, quando elas abrem a boca, soltam os enunciados mais astutos e mais poéticos - aqueles que despertam em nós o riso e, nos poetas, a inveja!
Hoje, na hora de dormir, a Clara me perguntou:
- Mãe, cadê a minha boneca preferida?
- A Elly? - perguntei, me referindo a uma elefantinha de pelúcia.
- Não, mãe, aquela macia que eu gosto de abraçar prá dormir!
Lembrei da minha empolgação quando fui comprar a Elly para a Clara de presente no dia das crianças. Achei que ela ia amar, ia querer dormir com a pelúcia... que nada! Ela gosta mesmo é de uma bonequinha de pano...
- Você nem liga prá Elly que eu te dei, né Clara? - falei, fazendo uma cara de decepção.
E ela, espertinha, me olhou e, batendo com o dedo indicador na palma da mão e colocando no ouvido, respondeu:
- Ligo sim, olha! Alô! Elly? É a Clara! Vou dormir com minha boneca macia! Beijo-tchau!
E ainda dizem que a gente é que ensina alguma coisa... sorte nossa se conseguirmos aprender com esses pequenos mestres!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Língua de criança - 1

Conversa entre a minha amiga Maridelma e seu filho José Henrique:
- José, você é minha vida, meu tudo...
- E você, mamãe, é minha "tuda"...
Coisa mais linda!

Lições sobre higiene!

A Clara está com a terrível mania de limpar tudo na blusa (mão suja, nariz escorrendo etc etc etc). Eu sei, é nojento, mas ainda não consegui convencê-la disso! Hoje, vendo as terríveis marquinhas na camiseta, eu disse:
- Ah, mocinha! Você limpou o nariz na roupa de novo?
- Não! - ela respondeu na maior cara deslavada.
- Limpou sim!
- Não limpei não!
- Limpou sim! Eu sei que limpou!
E ela, então, certa de que me convenceria, falou, pondo a mão na cintura:
- Não sabe não, porque eu limpei lá na escola e você não viu!
Nesse caso, o que os olhos não vêem... eu tenho que lavar!

sábado, 16 de julho de 2011

Tal pai...

Hoje a Clara me explicou porque ela virou a maior puxa-saco do Dê.
- É porque o papai é muito teimoso, que nem eu!
E quando eu perguntei porque ela achava o papai "teimoso" ela respondeu pausadamente:
- Porque ele é di-so-bi-di-en-te!
Palavras da Clara! Eu tô só reproduzindo!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Água terapêutica

Fomos passear no centro de Serra Negra e encontramos uma fonte com águas medicinais. O Dê leu a placa em voz alta:
- "Elimina cloreto de sódio do organismo, diminuindo a hipertensão arterial". Preciso tomar isso todo dia!
- Por que, pai? - o Miguel perguntou.
- Essa água faz bem prá saúde, filho! Faz bem prá tudo!
A Clara, então, fez conchinha com as mãos e bebeu a água. Depois saiu enxugando a boca com a camiseta e dizendo:
- Essa água é boa mesmo! Tira até cárie do dente.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Conversa de criança

Meu cunhado Alex faleceu há pouco mais de um ano. Foram duas perdas muito dolorosas para a família: a morte do Beto, tio do Dê, e a morte do Alex. O Miguel e a Clara se lembram deles o tempo todo. O Mi fala mais do tio Beto; a Clara, vive perguntando sobre o "pai da Larissa" (o tio Alex). Na semana passada as crianças foram passar o dia na vovó Regina. Em certo momento, a Clara pergunta:
- O seu pai morreu, Larissa?
- Morreu - a prima responde.
- O meu ainda não morreu - ela continua.
E a Larissa completa:
- Calma, Clara. Você tem que ter paciência. Acho que ele vai morrer só quando estiver bem velhinho. Paciência!
Cada vez mais me impressiono com a visão das crianças, tão sinceras, tão sensíveis, e ao mesmo tempo tão lúcidas. E cada vez mais me convenço de que nós temos mais a aprender com elas do que elas conosco...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sono e saúde

Acordamos! Eu e a Clara estamos sentadinhas no sofá, escolhendo o DVD que vamos ver. Ela boceja, eu espirro.
- Ai, mamãe, olha só... - diz ela - eu tô com sono e você tá com saúde!
Risos...
Essas relações que as crianças fazem entre as palavras e as situações imediatamente vivenciadas são, para mim, as mais intrigantes. Espirrou? Saúde!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma boa escolha!

Hoje o Miguel foi fazer exame de sangue. Meu filho já é um mocinho! Depois de um jejum de 12 horas e com um friozinho bom prá ficar na cama, ele levantou, se trocou, escovou os dentes e seguiu com o Dê e comigo para o laboratório. No caminho, fomos conversando:
- E aí, filhão, em qual braço você vai querer que a moça dê a picadinha? - perguntou o Dê.
- Posso escolher, pai?
- Claro que pode!
Ele pensou, pensou e respondeu:
- Então tá! Prefiro que ela dê no seu!
Boa escolha, não?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Má ideia...

Sabe aquela coisa de "mãe, vem me limpar"? Então, isso não é uma coisa do passado. Acabo de escutar a frase! E a Clara, que gosta de filosofar no banheiro, acrescenta ainda outras:
- Isso é má ideia!
Má ideia? Do que ela está falando?
- Isso é má ideia, né mãe?
- O que é má ideia, Clara?
- Cocô! Cocô é má ideia!
- Por quê?
- Porque é fedido, mãe. E também não é cheiroso!
Má ideia... má ideia é atender o "mãe vem me limpar". Isso sim é má ideia...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Eu te amo, mãe!"

Ontem, enquanto comíamos um hamburguer em casa depois de um culto abençoado, eu e o Miguel ficamos papeando na cozinha. Certo momento ele parou, me olhou com um sorrisinho nos lábios e disse:
- Mãe, eu posso namorar com você?
- Claro que não, filho! Eu sou namorada do seu pai!
- Mas é que você é tão linda...
Que elogio mais delicioso! Eu continuei:
- Você vai encontrar uma namorada ainda mais linda do que eu! Pode acreditar!
Ele levantou da cadeira:
- Impossível, mãe! Não existe nenhuma mulher mais linda do que você no mundo inteiro! - e concluiu - EU TE AMO, MÃE!
EU TAMBÉM TE AMO, MIGUEL. DAQUI ATÉ A LUA! IDA E VOLTA!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Boas respostas...

- PAI, PAIÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!
Silêncio!
- PAIÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!
Silêncio!
- PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI! FAZ MEU MAMÁ!!!
- Não grita, Clara! Se você quer mamar levanta do sofá e vem aqui na cozinha me pedir!
- EU NÃO TÔ GRITANDO, SÓ TÔ FALANDO ALTO! E EU NÃO POSSO IR NA COZINHA AGORA! TÔ ASSISTINDO MEU DESENHO!
Silêncio!
Pi...pi...pi*...
- Pronto. Agora você pode parar de "falar alto"?
- Agora eu num falar mais nada, né. mamando!!!

*barulho do microondas [rs]

terça-feira, 19 de abril de 2011

É só querer dizer que a gente diz!

Eu AMO ficar escutando a Clara e o Miguel. É pura diversão: eles inventam palavras, encaixam muitas outras em lugares que a gente nem imagina! Desta vez a Clara, escutando música no rádio da carro, quis inventar uma brincadeira:
- Stopa, mãe! Stopa!!!
Hã?
- Stopa, mãe! Delisga!
Ok! Para delisgar o rádio é só dizer STOPA!!! Genial!

domingo, 17 de abril de 2011

Esse menino é um Show de talento!!!

Como a gente paga mico prá ver os filhos felizes, não é mesmo? O Mi queria participar do Show de Talentos na igreja e pediu a nossa ajuda. Ok! Valeu a pena!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O caso da borboleta

Ontem o Miguel e a Clara encontraram uma borboleta com a asinha machucada. Tiveram a ideia (surpreendente?) de pegá-la para "cuidar".  Forraram uma caixinha com algumas flores que colheram no  jardim e colocaram a borboleta ali.
- É prá ela se sentir livre, mãe!
Eu dei uma olhada na bichinha: imóvel!
- Ela morreu, filho!
- Morreu? Não, mãe, não morreu não!
Enquanto dizia isso, o Mi assoprava a borboleta dentro da caixinha. As asinhas iam de um lado para outro. Depois ela ficava imóvel de novo.
- Morreu sim, filho. Tá vendo como ela tá paradinha?
E ele, então, explicou:
- Não, mãe... é que eu disse assim prá ela: vamos ver quem fica mais tempo sem se mexer? E ela ganhou!
Ah... entendi...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Amor de filho, amor de pai...

Parte I - A conquista.

O Miguel sempre foi um menino super carinhoso, sentimental mesmo. Mas agora ele está me surpreendendo! Desde que entrou na nova escola (ele já está no primeiro ano!), ele se "apaixonou" por uma coleguinha, a Mariana. Todo dia é "a Mariana fez isso", "a Mariana disse aquilo", "eu vou casar com a Mariana". O que? Casar com a Mariana? Meu Deus, eu não sei nem o que dizer.
Outro dia ele chegou de mansinho e perguntou:
- Mãe, o que você mais gosta no papai?
- Como assim, Miguel?
- Na verdade eu quero saber o que as mulheres mais gostam nos homens.
Fiquei intrigada...
- Por que você quer saber isso, filho?
- Porque eu quero saber como é que eu faço prá conquistar a Mariana.
Pensei em dizer alguma coisa do tipo "você ainda é muito novo", essas coisas que toda a mãe diz pro filho até ele completar 35 anos no mínimo. Depois tive outra ideia:
- Ah, filho, toda mulher gosta de um homem limpinho, que toma banho direito, que escova os dentes direito... eu, por exemplo, detesto homem de pé sujo, com a boca fedida, despenteado...
Me condenem, não me importo! Eu não ia perder a oportunidade de "bater" no Miguel com "luvas de pelica". Ele não é exatamente o tipo de criança que adoooora tomar banho e escovar os dentes. Mas, depois dessa nossa conversa, tudo mudou.
- Mãe, posso tomar banho prá ir na escola hoje?
Opa, é claro que sim, como não!?! E quando é que eu iria me imaginar falando pro Miguel que já estava bom, que já era hora de desligar o chuveiro?
- Tô cheiroso, mãe? 
Se a motivação estava certa, isto não vem ao caso. A questão é que ele tinha caprichado mesmo, e isso sem eu ter que ficar lembrando "lava o pé, o bumbum, não esquece de lavar atrás da orelha". A escovação também foi um sucesso!
Pena que, quando fui buscá-lo na escola, vi que aquilo tinha prazo prá acabar. Ele veio chorando, puxando a mochila.
- O que foi, Mi? O que aconteceu?
E ele respondeu:
- Ela jogou a bola prá trás, mãe. Ela jogou a bola prá trás e agora não volta mais!
É, essa história está só começando...

Amor de filho, amor de mãe...

terça-feira, 8 de março de 2011

Palavra de criança - Irmã mais nova

Ter irmã é uma coisa legal, mas também é um pouquinho chato. Eu não gosto quando eu tô brincando de carrinho, ou de Max Steel, ou de Ben 10, ou de skate, e a minha irmã esquece que é menina e fica chorando porque quer brincar comigo. Se ela ainda soubesse brincar dessas coisas, tudo bem, mas ela não sabe e nem quer saber, ela só quer mesmo é acabar com a minha brincadeira. Outra coisa que eu não gosto é quando minha irmã quer assistir alguma coisa na televisão, porque ela nunca quer assistir os meus desenhos preferidos, ela sempre escolhe os que eu mais detesto, e minha mãe sempre diz que ela é pequena e por isso eu tenho que ter paciência e dar uma colher de chá prá ela - ou será que é colher com chá? Talvez o que minha mãe quer dizer é que eu tenho que dar uma colher e de(i)xa(r), num ficar querendo de volta... sei lá, eu nem quero colher nenhuma, mesmo, só queria assistir meu desenho sossegado. Na hora de fazer tarefa também é ruim ter irmã, porque ela sempre fica rabiscando minha folha e fica querendo pintar exatamente com a cor que eu peguei, mesmo que o estojo esteja cheinho de lápis bem apontadinhos. E olha que eu quase nunca pego o cor-de-rosa e mesmo assim ela sempre quer a cor que eu escolhi. Fora tudo isso, ter irmã é legal. Só não sei dizer certinho quando, mas acho que é legal...

segunda-feira, 7 de março de 2011

6 razões para não ter filhos... (6ª razão)

6ª razão
VOCÊ SENTIRÁ DORES MESMO SEM ESTAR DOENTE!
Depois do nascimento de um filho a visão acerca do mundo muda radicalmente! É praticamente impossível ter um filho e não se comover com o sofrimento alheio, não se incomodar com situações que sempre estiveram ali, bem à sua frente, mas só agora ganharam a dimensão real prá você. Um filho abre os nossos olhos para tudo o que há de mais belo e mais horrível no mundo. Quando ele estiver com febre você também sentirá a cabeça fervendo, preocupada em buscar uma solução rápida e eficaz. Quando ele chorar de dor, seu coração também ficará doído, como se estivesse sendo esmagado a cada lágrima que cai dos olhinhos do seu pequeno. Quando ele se machucar, seu coração é que vai sangrar. Cada vez que você ouvir uma notícia sobre violência, uma prece sairá da sua boca de forma quase inconsciente... "Deus, proteja meu filho!"... Você nunca mais conseguirá ver uma criança passando fome e não se compadecer (se é que é possível não se compadecer ao ver tamanha atrocidade). Você sentirá vontade de dividir o pouco que tem, começará a separar roupas e brinquedos para doação e não se sentirá mais tão incomodado quando alguém bater à sua porta para pedir comida. E ainda mais: verá em cada criança um pouco da SUA criança, e pensará dez vezes antes de desejar mal a alguém. Enfim, se você deseja continuar vivendo em um mundo onde a sua realidade não se mistura muito à dos outros, ou só se mistura com realidades previamente selecionadas; se prá você já bastam os seus problemas e as suas dores, os dos outros são "problemas dos outros"; então é melhor você não ter filhos!  Filhos são pílulas mágicas que elevam à enésima potência tudo aquilo que sentimos... e o efeito, após a ingestão, é permanente!

A propósito, para todos os que (com ou sem filhos) acreditam que as experiências dos outros ajudam a moldar o nosso caráter e podem fazer de nós pessoas melhores, mais gratas à Deus, mais fortes e, ao mesmo tempo, mais sensíveis, segue o link do Blog VidAnormal, que conta a história da menina Ana Luíza. Fica também o apelo para quem puder doar sangue para ajudá-la - ou qualquer outra coisa para ajudar a qualquer outra pessoa. Abraços... e que Deus proteja nossos filhos!
A pequena Ana Luíza foi morar com o Papai do Céu. Nosso carinho à família... oramos para que Deus conforte e amenize essa dor que agora, mais do que nunca, se eleva à enésima potência.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Palavra de criança - Família

Palavra de criança - Banho

Eu detesto banho. Prá falar a verdade eu detesto mesmo é a hora do banho, que fica sempre bem no meio da hora de brincar e nunca no meio da hora de fazer tarefa. E minha mãe nunca entende que depois do banho eu ainda tenho mais metade da hora de brincar prá completar!
Se pelo menos o banho durasse uma hora, aí sim, tudo bem. Ou se eu pudesse brincar no banho, também tava tudo bem. Mas não! Minha mãe sempre briga prá eu entrar no banho e depois, quando eu tô dentro dele, ela fica brigando prá eu sair... vai entender!

Noite do pijama

Ontem deixamos as crianças na casa da minha sogra para uma "festa do pijama" e fomos prá igreja. O Mi e a Clara não gostam muito de dormir fora de casa, então resolvemos dar uma passadinha de lá prá ver se estava tudo bem, se eles por acaso tinham decidido dormir em casa, ou se iam ficar lá mesmo. Quando chegamos logo a Clara começou a chorar. Eu pensei: ainda bem que viemos, ela quer ir embora. Qual não foi a minha surpresa quando fui abraçar a pequena... ela me empurrou e falou:
- Ah, mamãe, por que você tá aqui? Vai prá casa! Vai prá casa!
Quer ir embora nada! Ela começou a chorar porque queria ficar lá e eu era uma ameaça prá bagunça noturna...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Dezena, centena...

É o maior barato quando as crianças começam a brincar com a linguagem. Não estou falando daquelas palavrinhas que os pequenos inventam sem querer, a gente acha graça e eles ficam sem saber do que estamos rindo. Falo de brincar de propósito. Aí eles riem e a gente fica com cara de tacho!!!
Hoje, numa dessas conversinhas bobas de adulto/criança, perguntei pro meu sobrinho Filipe o que ele estava aprendendo na escola.
- Continhas com dezena, tia.
Eu quis estender o papo.
- Que legal, Fi. Você vai aprender continhas com dezena, com centena...
E o Filipe completou:
- ... e com maizena!!!
Depois, caiu na risada. Uma gargalhada tão gostosa que eu acabei rindo mais do que ele. Dezena, centena, maizena! Esse menino é um gênio!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vineyard Music - Deus grandão

Remédio pro seu coração

Você não sabe o que eu vou te contar
Uma novidade que chegou  prá abalar
É um remédio que acaba com a tristeza
Depois que toma você ri que é uma beleza

É Jesus
Alegria da salvação
É Jesus
O remédio pro seu coração

Não é xarope
nem comprimido
e muito menos
uma injeção
Esse remédio
é "tiro e queda"
é Jesus Cristo
no coração!

Sonhos bons

Quando me deito
e fecho os olhos prá dormir
lá no meu quarto
esperando o sono vir
Tudo está quieto e escuro
mas se eu ouço um barulho
o medo vem
E prá não ficar sozinho
é só chamar alguém

Jesus, Jesus
É você que me dá sonhos bons
e me guarda
Jesus, Jesus
Agora eu posso dormir
o medo já sumiu
porque eu te chamei
e você me ouviu

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Videogame

O Filipe perguntou ao Miguel se ele queria o jogo do Mario Bros emprestado.
- Não, Filipe. Porque esse jogo é do não entendo.
Eu entrei na conversa.
- O que, filho?
- Esse jogo é do não entendo, mãe.
Pensei um pouco...
- Nintendo, filho. Esse jogo é do Nintendo!
Jogo emprestado!