segunda-feira, 28 de junho de 2010

Prá começo de conversa...


A maternidade é, reconhecidamente, uma das maiores bençãos para a mulher. Ficar grávida, ter um filho, saber que um novo ser depende única e exclusivamente de você para se desenvolver, do seu leite, do seu cuidado, isso transforma a vida e as perspectivas de qualquer pessoa. Mas a maternidade traz consigo muita insegurança e faz com que experimentemos sensações que antes não conhecíamos. São elas que quero compartilhar aqui.
Quando fiquei grávida do Miguel todos se alegraram. Ao contrário de muitos "primeiros filhos", o Mi não foi um susto, um descuido. Ele foi planejado, foi desejado. Isso, obviamente, faz muita diferença. Eu descobri que estava grávida dele depois de quase dois meses. Meu corpo mudou MUITO (eu engordei 18 kg no total), mas achava aquele barrigão a coisa mais linda do mundo.
Durante a gestação o Dê leu o livro de Provérbios prá ele. Dizem que os bebês escutam aquilo que se passa aqui do lado de fora, por isso queríamos que o Miguel se acostumasse com a voz do pai. Eu conversava com ele, compunha e cantava prá ele, acariciava o barrigão... foi uma época muito gostosa.
Todas as mães que conversavam comigo diziam que haviam ficado nervosas no dia do parto, que tiveram medo da anestesia, etc, etc. Eu não! O médico tinha dito que o jejum deveria ser feito a partir das 22h, então eu saí prá jantar e comi a sobremesa às 21:45h. Às 23:55 eu estava tirando as últimas fotos com meu barrigão. Resultado: acordei atrasada e internei 20 minutos depois do combinado. Enquanto eu esperava o médico (que atrasou mais do que eu), eu DORMI! É sério! Com a sonda, naquela mesa de cirurgia gelada, eu consegui dormir! Eu realmente não estava nada nervosa.
A cesárea foi tranquila e ouvir o choro do bebê é muito emocionante. O Miguel chorava muito e balançava as mãozinhas sem parar. Depois, é uma mistura de dor e alegria, uma sensação estranha ao ver a barriga ainda inchada e o bebê do lado de fora.
Na maternidade, por mais cansada e indisposta que você esteja, ainda há o conforto de ter enfermeiras para olharem o bebê enquanto você tenta dormir um pouco. A volta prá casa é um evento, uma festa. Todos querem segurar o bebê, dizem que ele se parece com um ou outro parente (o Miguel era a cara do Dê!), mas quando estão ali VOCÊ e aquele pequeno ser que CHORA sem parar, as situações trazem consigo sensações que, talvez, só tenha experimentado quem já foi mãe - e, ainda assim, apenas algumas destas...

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